Madrugada
A estrela dalva vem despontando prenunciando a madrugada.
A gaita velha cheia de poeira dê-lhe vaneira, meio acanhada.
O candeeiro tá cochilando anunciando o fim da festança.
Os galos cantam lá no "puleiro" e no entreveiro a moçada dança.
Vai madrugada, repontando o dia
Que o sol não demora a raiar espiando
Nas frestas de um resto de baile
Uma gaita manhosa num canto a chorar.
Estrada afora escramuçam cavalos,
A gauchada levando nos sonhos a moça morena
Campeando talvez outra madrugada