Estrada Boiadeira
Numa tarde tão serena
Eu estava no cerrado
Avistava longa estrada
E um velho angico magoado
Lá distante no riacho
Caminhava uma boiada
Passo a passo tão tristonha
Na poeira vermelhada
É a saudade que ficou
Da mocidade que a boiada carregou
É a saudade que ficou
Da mocidade que a boiada carregou
O berranteiro vem tocando
Quando a tarde em agonia
Corre nos braços da noite
A Lua branca aparecia
Relembrei o meu passado
Que saudade que senti
Pois também fui boiadeiro
E passava por aqui
É a saudade que ficou
Da mocidade que a boiada carregou
É a saudade que ficou
Da mocidade que a boiada carregou
Desta estrada boiadeira
Pedaço de minha vida
Hoje não resta mais nada
A não ser sua guarida
Nada mais quero no mundo
Eu já sou água passada
Quero morrer solitário
Contemplando a velha estrada
É a saudade que ficou
Da mocidade que a boiada carregou
É a saudade que ficou
Da mocidade que a boiada carregou