Gaiteiro e Cordeona
Quando espicho minha gaita esteei golpeio meu braço
Como quem está bendito as treze braças de um laço
Peões e prendas dançando marcando firme o compasso
E as moça bonita vibram a cada verso que faço
Esta velha gaita amiga que de muito é minha parceira
Pingostarda no meu peito se espicha toda faceira
Não encontrei até agora uma melhor companheira
Para estar sempre comigo esta vivência estradeira
Eu tenho com essa gaita uma grande intimidade
Ela sinto quando toco florescer a mocidade
A inspiração se solta com gestos de liberdade
Cantando assim eu consigo vou tocar minha saudade
Minha gaita traz a xucra redomona de verdade
Clarim que acorda lembranças e anseios de liberdade
O predeceu modernismo sem dessencembilidade
Dá forças desta relíquia pro garçom a identidade
Mas eu que sou veterano e não renego o passado
Vou conservar-te comigo velho instrumento abençoado
Cantando as glórias da raça no meu rio grande adorado
Por ter gaiteiro e cordeona são dois valores sagrados