Chorei
Chorei
Silencioso a minha dor
Carpi o mal e ter-te um grande amor
A vida para mim tem sido atroz
Partia, não tive em minha vida
Um só minuto de alegria
Chorei, chorei
A minha desventura
Lancei-me então no abismo da amargura
Só porque tu não soubeste compreender o meu coração
Condenaste uma existência a eterna solidão
Na mansão tristonha e solitária da dor
Sou tal qual um monge que professa resignação
Mesmo na desventura esquecer procuro esse amor
Essa dor cruel como só sabe ser a dor de uma paixão
Nas tardes invernosas quando ouço o canto crepuscular
Dos pássaros canoros que trazem vida a minha solidão
Sinto uma furtiva lágrima fria a rolar
Despedaçando o meu dorido coração