Nóia, Paranóia
Gabriel Collino
Moleque fumava erva noite e dia sem parar
O cheiro invade a casa e se espalha pelo ar
Seu pai o achava um inútil
Ele era vagabundo e não queria trabalhar
Ele escondia uma arma dentro do armário
A empregada viu e contou para seu pai
Que imediatamente, o expulsou de casa
Dizendo que ali ele não dormia mais
Nóia, paranóia
Moleque doido, só pensa em coisa errada
Nóia, paranóia
Moleque doido, só pensa em chapar
Ele ficou na rua com sua gangue do mal
Espalhando medo e pixando a capital
Ele só andava invocado
Andava com a mão armada, tinha medo de morrer.
Mas um certo dia ele veio a pirar
E na roleta russa ele foi se matar
Com um tiro bem atrás, na nuca
O coitado foi tão cedo, pobrezinho do menino.