Ingênua
Glauco Vianna 1928 / Noel Rosa
Talvez, que eu lhe diga um dia
Toda a melancolia de um coração!
Todo este sofrimento que agora experimento
Nesse infeliz momento de tão acerba dor
Que crueldade, eu ser um sonhador
Ela não entender meu amor
Qual a razão por que minha
Paixão não a pode comover?
Somente o Criador sabe do amor
Que consagrei a quem tanto amei!
A hora propicia!
Em que a malícia
Dela se apoderar!
Com meu violão direi
Então o meu pensar!
E se ainda essa ingênua linda
Não me compreender
Eu, já descrente, direi
Que ela é inocente até morrer!