Infância (part. Ogi)
Entre paredes e páginas expressando emoções
Mantendo o contrato no quarto escrevendo composições
Esqueço das ambições do holocausto da cidade
Senso de sinceridade revelando minha verdade
Com naturalidade ativando várias lembranças
Momentos, sentimentos do tempo da minha infância
Na distância da ganância sentindo o sol de verão
Acreditando que as nuvens eram feitas de algodão
A inocência te torna puro e verdadeiro
Tudo é modificado quando conhece o dinheiro
Corre atrás o tempo inteiro agora não vive sem
Vida é muito complicada pra aquele que não contém
Sem ele não sou ninguém perante a sociedade
Entre o lixo e o luxo vaidade e simplicidade
Relatando a realidade, macabro mundo egoísta
Nesse planeta todo terráqueo sangue é capitalista
Aumenta a lista dos meus heróis que viraram vilões
Quanto mais muleque cresce esquece das ficções
Com a mente de um homem, coração de um menino
Mudei o meu destino com a maturidade
Desde menor de idade conhecendo a maldade
O preço da amizade e o valor da liberdade
Ogi:
Menino sonhador desprovido de malícia
Maldade para ele não existe
Falta de perícia para lidar com sentimento
Acredita em tudo pois não sabe o quanto mundo
Pode ser peçonhento, muleque novato,
Passa por pato, assimila os acontecimentos
Vai ligando fatos, os atos desviam da virtude
Conviver com ratos, mudanças de atitude
Entende qual é a do taco e pra que servem as bolas
Espanta o bom velhinho e roubam suas sacolas
A cegonha que traziam os bebezinhos, caça
E servem pra família no dia de ação de graça
Assim o tempo passa, le-va inocência, ré
Segue o instinto de sobrevivência
Na cidade o homem corre pelo que é vital
Nessa idade o mundo gira pelo capital
Com a mente de um homem coração de um menino
Mudei o meu destino com a maturidade
Desde menor de idade conhecendo a maldade
O preço da amizade e o valor da liberdade