Saudade Não Mata
Saudade mata, duvido
Saudade mata, duvido
Saudade mata, duvido
Se saudade matasse
Eu já tinha morrido
Eu nasci nas quebradas
Do sertão
Pisei na lama
Tomei água de goteira
Ainda me lembro
De minha primeira calca
Que minha mãe comprou par mm
No fim da feira
Tenho saudade
Do boteco da esquina
Onde vendia
O querosene eo sabão
Tenho saudade
Das carreiras que eu dava
Dentro da mata
Com medo de assombração
Saudade mata, duvido . . .
Tenho saudade da primeira namorada
Nossos encontros embaixo da aroeira
Eu não falava ela também não falava
E minhas pernas eram aquelas tremedeira
Moca, bonita em noites de são joão
Era só festa balão pipoca e fogueira
Tenho saudade de minha terra querida
Que me ensinou a ser feliz a vida inteira.
Saudade mata, duvido
Saudade mata, duvido
Saudade mata, duvido
Se saudade matasse eu já teria morrido.