Não Morra de Sede, Meu Amor
Natália Xavier / Eder Sandoli
Importante é
Revisitar os trajetos
Rascunhar a todo instante
Um percurso em que as pragas
(Aquelas de dentro da tua cabeça)
Não te alcancem
Rememorar
Cada detalhe das vezes
Em que quase morremos de sede, de sede
As obrigações, instituições
Fálicas (falidas)
Violentando toda ternura
Rasgando o peito ao meio
Alargando a fissura
Por onde verteu tuas águas nos últimos séculos?
O tempo se esgotou, meu amor
E você, por onde verteu?
Por onde bebeu do velho algoz até fazer dele teu rei?
Tua pressa não te salvou meu amor
E você, por onde se perdeu?