Flowripa

Não é só mais um, os loko aqui saiu da toca
Matando o seu hit, que não chapa igual cerveja choca
Vejo lorotas, se acha gênio, mas é xucro
Não vim cantar meu ego, nem sobre quanto eu lucro
Papo de gangue, kank, caranga milionária
Mas 'tá devendo o aluguel da concessionária

Ter compromisso? Só falam isso, clichê paia
Na prática se corrompe por um rabo de saia
É inaudível, eleitoreiro
Sua farsa 'tá em outro nível
Tipo Gean Loureiro
Vendida à vista, Floripa, fora do eixo
Não fecho a mão, só se for pra acertar seu queixo
Eu falo aqui de SC, onde a real tu não vê
Aqui não é só Jurerê, melhor desligar a TV
Bato de frente cara a cara, sem chamar no inbox
Floripa veio zerar o game e não é Xbox

Mais um nas linha de soco, o loko do topo do mapa
Sem reza pra quem só pesa, agradeço a preza da rapa
Malaka, o nó dos gravata, Bambatta, rap primata
Enfarta os bico que empaca, ataca quem desacata
Abraça se for preciso, dou sentido a caminhada
Sem guerra entre nós, somos a voz da quebrada
Os muleke, as roda de free, dos boombap até os R&B
Responsa e emoção, na missão de ser MC

Igual seguir na contramão se a solução for aquela
Pra que eu trampe antes que o Trump tampe o sol na minha janela
Guela, brek de polícia, naipe oposto ao de artista
Enquanto disputam selfie com o blefe do Eike Batista
Quem apita não joga, quem só joga não vence
Querem que eu perca o foco, encha o copo e não pense
Rap Catarinense, liga nóis pro rolê
Canas beach, Erre Eme, Caime OHP

Quem me protege não dorme
Vou sem capataz, na minha paz, mas ligeiro com os home
Quem vai interferir nosso corre? Quem que vai?
Vários vão dizer que você não é capaz
Desde 99 no berço do Rap
Entre anjos e demônios, Negro Rudhy a Peste
Papel e caneta na mão, é como um míssel
Meu vício é fazer do subúrbio um paraíso
O antídoto, espalhar pelas esquinas da quebrada
Consumo de informação e não chuva de bala
É o fim de uma pacata, desterro de anseios e sonhos
Queimando neurônios, vai vendo
Meu naipe me incrimina pros gambé, primeiramente
Um salve, um grito, a bandeira, um fora Temer
Olho gordo, magia, zica, praga mandada
Não vai passar batido quem der faia

É tanta crítica, virou psicose
Cabeça tão fechada que parece fimose
Mano eu 'to usando meu intelecto, conecto
Tipo vírus sua mente infecto, detectou?
Atravessamo o continente e ninguém se afogou
Não flagrou? Rap da ilha aqui não naufragou
Não é loteria, faço jogo valer a pena
Mano vim pra ser mega, então se foda a cena

Vem que, o rap não é maquiado tipo make
Não quero dinheiro sujo igual do Eike
Floripa na cena já fizemos o check-in
É seu fim, sem conexão, tipo net discada
Rap de escada, faz diss mas na rima não diz nada
Hã eu venho aqui e deixo as fã pasma
Eu tenho lirica, não pago nenhum fantasma

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