Do Ventre Até à Mármore
[Letra de "Do Ventre Até À Mármore" ft. Expeão]
[Verso 1: Mundo Segundo]
Recordo as colinas do monte
Do parapeito da ponte
E consigo avistar muito para lá do horizonte
Falei com guerreiros, magos e feitiçeiros
Que me acompanharam no caminho
Sempre com sábios conselhos
Tive o prazer de experimentar as mais vastas poções
Partilhar as mesmas substâncias
Mesmas equações
Entrar nas portas dos mais nobres castelos
Visitar as suas muralhas e o poder de todos os seus mistérios
Constante nómada neste mundo imenso
Cavaleiros do apocalipse, legião à qual pertenço
Poesia pura, minha eterna armadura
Quando todo mal se reúne
Só tu me forneces a cura
Sabedoria ancestral
Obra de arte orquestral
Clássico num instrumental como arte parietal
Portador do pergaminho que anuncia a boa nova
Da comunhão entre povos
Todo um universo engloba
[Refrão: Expeão]
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
A maravilha da criação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
Em apreciação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
[Verso 2: Expeão]
Toda vida tive que ir contra a minha família
Para ser o que eu queria
Fazer o que eu sentia
Ouvi o chamamento e fugi para ti
Procurei a chave da felicidade
Como o rei David
A inocência não reavi
Busco a substância, nunca a utopia
Porque mais vale o auto-estímulo
Amor próprio, sabedoria
Do que armas de fogo que deixam marcas de ódio
Para toda a vida
Um dia, abrir-se-ão as portas da perceção
Irás ver um milagre da criação
Nunca fugi, corri na tua direção
Não quero o galardão dos homens
Não sigo ordens
A minha fé move montanhas
Torna sonhos em realidade
Mesmo no limiar da dificuldade
Já estava escrito o meu nome no livro da vida
O veredicto do ventre até à mármore
[Refrão: Expeão]
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
A maravilha da criação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
Em apreciação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
[Verso 3: Mundo Segundo]
Eu vi o sol nascer com um sorriso nos lábios
Mas também vi escravos em barcos serem condenados
Pelo poder e ganância constante do semelhante
Que deixou perder a relevância do que realmente era importante
A inveja por sua vez levou o homem à ruína
Amante da cobiça e tudo aquilo que a fascina
Jurou infidelidade
Em troca das mais vastas riquezas
Mas o poder atrai a serpente
E um vasto rol de incerteza
Todo ser morre sozinho, rodeado de nada
Tarde demais quando se apercebeu
Da rota que lhes estava destinada
Esta é a chave da verdade há muito escondida
O dinheiro não compra a felicidade
Só qualidade de vida
Qualidade por vezes
É razão de conflito
Invasão de territórios deste planeta onde habito
Coexisto algures entre os céus e as trevas
Onde homens exploram as mais puras e naturais reservas
[Refrão: Expeão]
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
A maravilha da criação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
Em apreciação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
A maravilha da criação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore
Ascendo, acendo incenso
Dentro do templo, contemplo
Em apreciação
E a mente abre, testemunho um milagre
Da areia até ao mar
Da semente até à árvore