Sombrinha de Prata
Município de Lorena morava Dona Assunção
Ela era milionária, dona daquela região
Apesar de muito rica era ruim de coração
Não acreditava em Deus e não tinha religião
E tinha muitos capangas à sua disposição
Atendia os seus pedidos na hora de precisão
Maria, sua empregada, por ter muita devoção
Pra Senhora Aparecida, Padroeira da Nação
Fez um terço em sua casa pra cumprir uma missão
A tal véia soube disso, já foi de má intenção
Foi ela e os seus capangas, cada um com um chibatão
Bateram naquele povo, acabou com a reunião
Dia sete de Setembro é uma data festejada
Na Aparecida do Norte a festa tava animada
Foi chegando romaria vindo de longas paradas
Muitos cumprindo promessa na capela abençoada
A tal véia milionária não tendo medo de nada
Chegou com os seus capangas fazendo uma caçoada
Com sua sombrinha aberta foi subindo pela escada
E em frente do artá ela deu uma gargaiada
A sombrinha lhe escapou, a véia foi castigada
Nessa hora ela sumiu, nunca mais foi encontrada
Quem entrá lá na capela vê lá no forro grudada
Uma sombrinha de prata que ficou na história gravada