Contemporâneos
Até que ponto
Você irá desconfiar ?
Um desconforto
Seus pensamentos trazem pra cá.
Não é tão duro se observar,
O passado, o presente, o futuro já.
Se esse foi o passado,
Tenho medo do presente,
E não quero nem pensar,
No futuro dessa gente.
As leis sendo vetadas pelos reis do latifúndio,
A história sendo escrita pelos homens moribundos,
Que voltaram do oriente pra morrer em seu mundo,
Trocando as medalhas por descanso profundo.
No silêncio da alma a busca por sossego,
Nas noites morosas do mês de novembro.
Se esse foi o passado,
Tenho medo do presente,
E não quero nem pensar,
No futuro dessa gente.
As folhagens caindo pareciam chorar,
Pelo espírito daquele que irá retornar,
Para o julgamento dos que negaram amar.
Se esse foi o passado,
Tenho medo do presente,
E não quero nem pensar,
No futuro dessa gente.
Até que ponto
Irá se sujeitar ?
Até que ponto
Irá desconfiar ?