Faz

Taz Mureb, Café Crime

E se o destino quis Rap
Minhas preces nas tracks
Estilo relax
Quem que contesta, me diz?

Num flow largado, mambembe
Artista independente
Misturo jazz com repente
Miscigenando minha gente - raíz.

Alguns já se acham frutos
Só quero plantar sementes
Maturo lentamente
Desfruto no futuro

Se os dias forem de glórias: vitórias pro meu país
E sendo dias mais duros
Assina minha promissória

E não importa, não
Ser a mais gostosa da festa
Engole a rima, devora
E me diz que eu sou indigesta

Pq eu incito o protesto
Espalha aí que eu não presto
Sendo debate o precesso
Sejamos dialéticos

Sonetos obsoletos
Vivem com medo do medo
Segredos e pesadelos
Pelos que ainda virão

Fama ainda é sinal de ostentação
E quem não se vende:
Cuidado, é traição!

O jogo é sujo, imagino
Já me arrastaram pra lama
Mas eu não traio um amigo
Por 2 minutos e meio de fama
Nem trama que dessa vez nem vai rolar

Não vai rolar!

(Refrão)

(Faz como Tyson em um ringue)

Eu não desisto irmão
Nem seu eu ver corpos caindo no chão

(Faz como Martin Luther King)

Quero revolução
Se eu não tentar mais um vai se entregar
Aqui tem reação.

E cada dia é uma guerra
Conserva o sangue no olho
Preserva o rifle, espera
A terra, o trigo e o joio

Entende o timming do jogo
Aqui não tem amizade, malandro
Aqui não tem amizade
Corta a fatia do bolo

Enquanto isso pro povo
Só sobra pão e circo
Só cobra no recinto
Polícia passando o rodo

Palma para os políticos
Povo faminto, Estado crítico
Sucesso é tá na Globo

E o PIB, e seus caciques
Diamantes de Moçambique
Só tornam meu calibre mais grosso

E a corda no pescoço
Deixa que eu mesma me enforco
Se sobram destroços
Alguém ainda vai roer o osso

Abrutres querem carcaças
As luzes tão apagadas
É hora da largada
O grito é um tiro de socorro
Que nada!

Quem tem medo sempre tem mais armas
Bem vindo ao mundo dos escrotos!

Grana, todos querem grana
Todos querem fama
E eles sempre vão negar

REFRÃO

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