Proseando
Talvez eu conte algum causo
Desses com firma cavalo
Desses de faca na bota
Peleando contra fantasmas
Que abrasam cá no meu rancho
Quando mateio solito
Talvez até conte outro causo
Desses de apear sem estribo
Desses de achar que a tristeza
É o galpão do destino
Contrabandeando novilhos
Conforme a dor e o motivo
Na campanha, pra quem gosta
Das campeiras, campo fora
O serviço manda um chasque
Quando a prosa lambe o sal
Nas badanas, uns bordados
Nos arreios os anseios
Pra tristeza mordê o freio
Quando a alma passa mal
Talvez num canto do rancho
Trançando a vida nos tentos
Eu nem repare no tempo
Branqueando as minhas melenas
Querência, que tal a saudade
Tocá uma milonga pra gente