No Gurufim Do Tio Sam

Ai que tremendo sururu
No gurufim
Do Tio Sam
Fedeu
Baita banquete de urubu
O que pintou de ave de rapina transbordava o Murundu.


Nego entornando caracu
Durim-durim
O bambambã
Nem viu
Quando um cavalo de Omulu
Num transe bem chinfrim surrupiou o mocassim do bom samu.


A calça foi parar na mão de um cigano,
O paletó virou butim de um chicano,
A cartola no baú de um cubano,
Um cucaracha puxou samba
Meio à bangú
Um bloco cru
Cantava a mil:


" Salve o rei que partiu pobre e nu!
Salve o rei que baixava o bambu!
Salve o nobre final
Desse maioral!"


" Salve o rei que se achava imortal
E acabou feito um jeca-tatu!
Salve o cara-de-pau
Que hoje morre nú!"


O prepotente Sam tombou na tumba
Pensando que o meu samba fosse rumba
Nem deu para conhecer a batucada
Morreu sem manjar nada de macumba e tamborim.

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