Cativeiro
A enxada batendo
O suor escorrendo
O Sol no céu aberto
Queimando o chão
Ele não se assusta
Acostumou se a sorte
De tirar água de pedra
E viver de oração
Mas é bom
Ver o céu carregado
E bonito é a terra
Brotando cheirosa e sã
O olhar do povo
Já não mais aflito
Prenunciando a seca
O canto do acauã
Oi ô, o canto do acauã
Oi ô, o canto do acauã
Oi ô, o canto do acauã
Oi ô, o canto do acauã
Mas se chove, desaba
Do céu, um aguaceiro
Em tudo se vê água
Sertão velho catingueiro
Se faz penitência
Se pede clemência
Do teu cativeiro
Se faz penitência
Se pede clemência
Do teu cativeiro