Pelos Caminhos do Norte
Pelos caminhos do norte
Sempre vão os peregrinos
Pois não há maior destino
Por entre a vida e a morte
Água e vento, bruma e areia
Pedras perdidas no mar
Onde a Lua, quando cheia
Despeja prata no olhar
Em cada porto um segredo
Em cada monte um farol
São guardiões de outro tempo
Debaixo do mesmo Sol
Velhas lendas marinheiras
De amores não permitidos
Hoje perdidos na poeira
De um mundo já esquecido
Há uma Guernika queimando
Na alma de todos nós
Um quadro em sangue mostrando
É o homem seu próprio algoz
Nos rumos de Santiago
Ao fim da terra conhecida
Milagre é o caminho andado
Que muitos chamam de vida