Em Silêncio
Lisandro Amaral
A sombra da noite linda
Sereno e campo florido
Derrama um corpo de amor
Sobre meu poncho estendido
Provo teu gosto em silêncio
Como quem bebe o luar
No proibido da noite
Não tive medo de amar
Provo teu corpo num sonho
Deste que ardem por dentro
Guardo comigo, em silencio
O próprio gosto do vento
Talvez não saibas quem sou
Porque cruzei teu silencio
No proibido da noite
Não viste a cor do meu lenço
Aos olhos da mañanita
Acorda o campo florido
Goteja um poncho em silêncio
Sobre a garupa do pingo
Talvez não saibas quem sou
Porque cruzei teu silencio
No proibido da noite
Não viste a cor do meu lenço