A Dança das Raparigas
Numa casa onde os mortos dançam com os espelhos
Que se escondem no tempo da infância
Eu beijei o crânio azul da noite
Rindo para a criança suspensa da janela
Escorrendo sangue
Até que mão violenta a arranque à vida
Da janela sinto o mundo fremente
O cego a urinar no cego
E o doce cheiro do enxofre que anuncia a Aurora Boreal
Tudo renasce num ciclo de fogo
Mil crimes de amor numa torre de marfim
Como um vómito do coração
Um comboio passa por um espelho e desfaz-se
As raparigas continuam a dançar frеneticamente
Com as crinas acariciando o vеnto
E o gosto do sangue espalhado por toda a parte
No meio da sombra há uma mulher
Há um rosto que reflete tudo isto
Fica só no coração da noite
Como um tempo de murmúrios e de danação
No meio da sombra há uma mulher
Há um rosto que reflete tudo isto
Fica só no coração da noite
Como um tempo de murmúrios e de danação
As raparigas continuam a dançar freneticamente
Com as crinas acariciando o vento
E o gosto do sangue espalhado por toda a parte
Um comboio passa por um espelho e desfaz-se
Tudo renasce num ciclo de fogo
Mil crimes de amor numa torre de marfim
Como um vómito do coração
E o gosto do sangue espalhado por toda a parte
Como um tempo de murmúrios e de danação
Um comboio passa por um espelho e desfaz-se