Carniça

Sinto cheiro de carniça, meu compadre
Tem carancho no rodeio
O respeito e a justiça, meu compadre
Se extraviaram com os arreio
Não pude achar tua comadre, meu compadre
Campeei ontem o dia inteiro
Inté já estou desconfiado, meu compadre
Que os caranchos já comeram

Temo muito acadelado, meu compadre
E a imundice está invadindo
Vou carregar bem minha garrucha, viu compadre
Comprar espoleta de ouvido
Porque o mundo é uma alavanca, meu compadre
Que quando pega a entortar
É triste, mas é verdade, viu compadre
Só fogo pra endireitar

O poder é perigoso, meu compadre
Se provalecem da fraqueza
É igual arame de farpa, meu compadre
Corta grande e faz bicheira
Mas também se não tem cerca, meu compadre
Me acredite quem quiser
A malicia anda a cavalo, viu compadre
E o respeito anda de a pé

Vou deixar o mouro encilhado, meu compadre
Nem a chincha eu vou frouxar
E o que é carancho envenenado, meu compadre
O que eu achar vou degolar
Porque a cabeça e o bucho, meu compadre
É o que divide o corpo humano
E o gaúcho se conhece, viu compadre
É quando o índio tem tutano

Curiosità sulla canzone Carniça di Mano Lima

Quando è stata rilasciata la canzone “Carniça” di Mano Lima?
La canzone Carniça è stata rilasciata nel 1996, nell’album “Estouro de Tropa”.

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