No Interior de Tudo
No eu profundo
No mais difícil de tudo
Encontrar o que habita
Não é simples de lidar
No Brasil profundo
No mais Junino ou escuso
Por amor nem se hesita
À cordialidade abraçar
No ponto cego do retrovisor do passado
Vergonha e tanto cuidado
Em enxergar de fato o que há
No espelho, deixa refletir
Nas profundezas do mundo
Oceano amorfo e difuso
O coletivo flutua
O inconsciente é o mar
No céu profundo
Janela sobre esse mundo
Onde termina a vista
c mente pode arejar
Olhar para dentro e também olhar pro espaço
Entender que lá fora há um abraço
Na esfera azul-bebê
cdormece, sonha e reconhece