Caretano
Havia morrido no mar
Nadou para longe
De tudo e todos
Temera que a margem fosse
Miragem mas resoluto
Fez-se de astuto
E foi ver
Pelos seus próprios olhos
Sumiu na maré
Que havia de engolir
Sumiu na maré
Que havia de engolir
Havia no fundo do mar
Uma cidade de ouro e fogo
Escadas de incêndio
Em cada prédio
Uma porteira e uma parteira
Para ver
Nascer Deus de novo
Sumiu na maré
Que havia de engolir
Sumiu na maré
Que havia de engolir
Fugiu até nada
Ter de que fugir
Fugiu até nada
Ter de que fugir
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Caretano
Foi nadando
Foi nadando
Foi nadando
Foi nadando