Foi um Rio Que Passou em Minha Vida e Meu Coração se Deixou Levar
Hoje eu vou me banhar na cachoeira
Eita povo de fé, Madureira
Um rio de amor que vai desaguar
Sou Portela, meu coração se deixou levar
A mão divina iluminou
Do solo brotou a essência da vida
A Águia vem da fonte abençoar
O Reino sagrado e o nosso cantar
Entre as antigas civilizações
O Egito ensina a cultivar, com devoção
Herança dos ancestrais no rio que se encontrou
E semeou a mãe natureza
Quem batizou rendeu-se à grandeza
Iara cantou em lua cheia
Tem monstros e cobras, me diz pescador
Dos mananciais surge o predador
Nas águas escuras habita o terror
Abrindo caminhos, traçando destinos
No corre corre daqui
Tem cantoria no ar
Meus desenganos não podem voltar
A poesia das águas me faz viajar
Ao som da valsa contigo eu vou me casar
No Espelho d’água reflete a catedral
O índio guerreiro lutou pelo bem contra o mal
Portela querida és tudo pra mim
Oh mãe padroeira rogamos assim
É d’Oxum, ora yê yê ô é d’Oxum