João Carranca
Guaraci vadiava e só fazia isso
Foi sempre a rainha da boca do lixo
Mas o tempo passou e ela envelheceu
Usou e gastou o corpo que deus lhe deu
Nunca teve cafetão
Nem leão de chácara
Apenas uma navalha
Banca e sustenta o meninão
Que ainda cheira a leite
E nem tem pelo na cara
Mas tudo desandou depois do dia
Em que ele resolveu causar suspiro nas mocinha
E a velha enciumada
Retalhou o rosto do rapaz
E o que era belo
Agora espanta
E nome dele hoje é João Carranca