Bochincho Sem Fronteira
Reduzino malaquias
Chucro rio grande gaiteiro
Teu lindo chão missioneiro
Foi pátria de tiarajú
Ninguém tocou igual tu
Esta arte sem fronteira
Te hasteio que nem bandeira
Na alma deste xirú
O bochincho já está encorpado
Num roça roça de couro
Num upa vira namoro
Da meia noite pra o dia
Já com as cincha nas viria
Sapateia um missioneiro
Parece ter formigueiro
Nos dedos do malaquias
A vinte e quatro bufando
Falqueja a vaneira grossa
O branco e o preto retoça
Entre risada e relincho
Com a deusa do bochincho
Destorço meu esqueleto
E no galpão vejo um espeto
E o costilhar de um capincho
Ao terminar o corredor
Passo a tapera assombrada
Chegando ao fim da picada
Ouço o som da pulperia
E a gueixa do malaquias
Inté de longe eu distingo
Com seus pelegos de gringo
Vermelhos que nem sangria
E um lance a beira da sala
É pras chinas compromissadas
Que tem famílias formadas
E cabelos brancos na trança
E as vezes parando a dança
Ficam chuliando os maridos
Baixam a alça do vestido
E dão de mama pras crianças
De garruchos à san javier
Já atracou várias chalanas
Lotadas de castelhanas
De intenção casamenteira
Chamamé,polcas,vaneiras
Vão festejando noivados
Pra casais apaixonados,
O mundo não tem fronteiras