Pela Verdade

Joe Sujera

A vida não espera a gente, então pra que ficar parado
Se você consegue enxergar um caminho a sua frente
Então tente, dias viram semanas, semanas viram meses
O relógio é inimigo e você qué pensa duas vezes
É absurdo, minha visão de mundo não permite
Que eu descanse e aceite chegar em segundo
Vagabundo! Eu não confundo tempo com preguiça

Pra mim, vingança não é a mesma coisa que justiça
Cada um na sua disposição pra achar saídas
É aí que sonhos morrem, ou aí que ganham vida
Se ganhou vida, sua missão é protege-lo
Perdeu um sonho pra maldade, leva em troca um
pesadelo
transformo caneta em arma, faço o sinal da cruz
Ponho a toca e o moletom que fazem parte da minha
farda

No escuro iluminado de dentro pra fora
O que ilumina meu caminho é a luz que vem da alma
Tantos dias na trincheira. Só vão valer quando
Vingar e ser possível fincar a nossa bandeira
Mais não no chão pra se enfeite de terreno baldio
Sim no seu coração, pra te salva desse vazio
De quem tem tudo e acha pouco, carros, mulheres,
dinheiro
Seu bolso tá cheio, mas seu coração tá oco
Mais ainda da tempo, sua hora é agora
Abre os olhos e vai vê como o sol brilha La fora
E cresce, amadurece!. valorize seus bens espirituais
Muito mais do que o seu talão de cheques!
..pra viver, pra crescer, pra aprender
Pra sonhar sem se perder, pra levantar e correr
Já tô fazendo a minha, o menino abriu as asas
Aonde quer que eu vá eu sempre me sinto em casa
Que é onde você não vê, seu coração não sente
lar doce lar, minha casa é minha mente

[Refrão]
Sigo pela verdade que muitos não seguem mais
dignidade é meu caminho que não trai
toda vitória nessa história vem do que se faz
vem, do que se faz vem, do que se faz

[Joe]
Na convivência com leões, incitando ações
Pra nadar contra a maré num mar de peixe grande
Derramando sangue cercado por tubarões
Motivações são raras e eu sigo perseverante
Não pense que o dinheiro é o melhor pra ser seu sócio
Por que aqui a humildade que é a alma do negócio
E vou deixando a minha vida com a ponta da caneta
Daqui eu vou sem nada, caixão não tem gaveta
E ao pé de cada letra no corpo de cada verso
Eu crio um Frankenstein de manifesto indigesto

Na escola não se aprende o que na rua fica claro
Arquiteto formado não sabe construí barraco
Odontologia não vai te ensinar a sorrir
Estudar poesia não te ensina a sentir
Com o pensamento forte pra esfarela o teto
Paredes de algodão pras idéia de concreto
Um nato vagabundo completo sujismundo

Atento as injustiças que corroem nosso mundo
a maldade vem a tona, invade todos os lares
orações de excluídos são bombas nucleares
vacilo viro pó, mosco viro fuligem
em São Paulo os mais ligeiros sobrevivem
E aprendendo a aprender a evolução é constante

Na arte do saber e de se manter relevante
Ir além do esperado quero surpreender
não me prendo a estereótipo, eu quero é vencer
saber, me erguer, conquistar o que é pra ser
sobreviver. . . ver e escrever
fazer por merecer cada abraço, cada sorriso
cada braço pra cima de quêmtá, junto comigo
O hip hop morreu ? ah pelamor
cancela o velório e traz um desfibrilador

[Refrão]
Sigo pela verdade que muitos não seguem mais
dignidade é meu caminho que não trai
toda vitória nessa história vem do que se faz
vem, do que se faz vem, do que se faz

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