Fim dos heróis
João Vilarim
Lendas e mitos vividos
O presente se faz com o fim dos heróis
Tanto dói, mas um só coração
Não faz a colheita se o tempo destrói
Meu sertão que ficou muito além
Hoje só é passado que a vida desdém
Não convém lhe lembrar da boiada
Não toque o berrante que o gado não vem
Derriçadas, sobraram pousadas, matas derrubadas
O peão e as paradas que vão com os dias
Seguir noites frias, viola sorria, donzelas, bordéis...
Plantação foi queimada e ali transformou-se em estradas
Ruas asfaltadas, não calo na enxada mas cala as canções,
Hoje transmutações e o novo que vem