Maligna Mania de Amar

João Martins / Luizinho Croset

Livre não levo rancor
Mais leve como a leva
Que o vento levou
Soprando a mais distância
Um sim pra cantar
Pois sempre agita um tanto mar navegador
Basta um motivo qualquer
Um tão comum momento de estar sem querer
Um lugar que não se esqueça
Fervor pra lembrar
Que tudo não passou

Deixo estar
A porta sempre aberta
Se a sorte bater
Eu tranco a dor lá fora
Sem pena de mim
A própria fantasia
Sou meu carnaval
Deixo estar
Mudanças me perseguem
Sem dom pra sofrer
Eu vivo da constância de nada conter
Meu sonho é natural

Maligna mania de amar
Desejo de desejos
Pavor de querer
Por mais que o tempo passe
Não tem solução
Eu pago pra ver

E quando a saudade apertar
Que traga pelo menos um novo refrão
Que não nos aprisione na sua razão
Que é fazer doer

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