Chimarreando só
JOÃO ARGENIR DOS SANTOS
Como é triste ver agora o meu ranchito
Foi tão bonito dava gosta de se olhar
Perdi a graça de cuidar minha morada
Quando a chinoca resolveu me abandonar
Chimarreando só
Olhar perdido com saudade
Do meu bem
Chimarreando só
Este amargo é o mais amargo que se tem
Chaleira velha também chia de saudade
Água na cuia encharca a erva de emoção
Porongo morno da cor da pele morena
Daquela china que feriu meu coração
A noite chega custa vir a madrugada
Lá fora o vento geme em volta do galpão
Amanheceu a erva já esta lavada
Estou solito a beira do fogão