Aluado

Domei um baio cebruno
Pra “pecha” um temporal
De caráter duvidoso
Mescla de açúcar com sal
Com vinte e um dias de rédea
Já “escumava” no bocal
Volta e meia ele sacode
Meu paysandu oriental

Parece diabo se inventa
Se “arrastá” meio por farra
Outrora me largou manco
Vendendo tudo minhas garras
Mostra a pimenta dos “zoio”
Enruga o lombo e dispara
E esquece o mundo berrando
Manoteando a própria cara.

Por isso chamo aluado
Alma de fraco ou de forte
É tigre fora da jaula
Toreando a vida com a morte
Coiceia a sombra do cusco
Se o relho canta sua sorte
E muda junto com a lua
Nos dias de vento norte

De vez em quando é um cachorro
Do andar das minhas crianças
Larga num trote pro campo
Sereno até na sua estampa
Se assusta com as carqueja
Que com o vento balança
E tenteia a bóia do dia
No cocho da vaca mansa

Quem olha o baio cebruno
Cortando várzea no meio
Pisando o pasto nativo
Com as quatro patas de esteio
Por certo chama a atenção
Meu pingo jogando o freio
Que domei nessa fronteira
Pra ser querência do arreio.

Por isso chamo aluado
Alma de fraco ou de forte
É tigre fora da jaula
Toreando a vida com a morte
Coiceia a sombra do cusco
Se o relho canta sua sorte
E muda junto com a lua
Nos dias de vento norte

Curiosità sulla canzone Aluado di Jari Terres

Quando è stata rilasciata la canzone “Aluado” di Jari Terres?
La canzone Aluado è stata rilasciata nel 2011, nell’album “Querência da Gauchada”.

Canzoni più popolari di Jari Terres

Altri artisti di Regional