Sede dos Marujos
Se amavam
Com a sede dos marujos
Lavando os olhos sujos
De mar e de embarcações
Se devoravam com a fome dos presídios
Com a festa dos sentidos
Guardados em seus porões
O amor cheio de gula
Desvairado e febril
Como a gente nunca viu
O amor cheio de fúria
Tão selvagem que por
Condenava não ter fim...
Se adoravam
Mas tanto, tanto, tanto
Que eu já não me espanto
De um dia te amar assim