Zen
Nei Lisboa
A vó da gente é mãe
Da mãe da filha
A filha da tia
O pai do filho e o espírito são
Gente do bem, do mal
Gente gorda e gente fina
Quando vai pro céu
O céu se ilumina
Não tem desculpa, não tem culpa
A culpa é sempre minha
A culpa é da vizinha
Chatice infernal
Onde a saída é entrar numas
Que a saída é ficar atento
Ouvindo pra onde vai o vento
Quando pára de soprar
A vó que abraça e resmunga
A vó caminha, a vó na cozinha
O pai e a madrinha
A prima candinha
O irmão da sobrinha
A espada e o dragão
A palma da mão
E o mundo eterno
Que confusão zen
Ninguém é de ninguém