Negro Guerreiro
IVACIR SOARES / Marcelo A. Jaeger
Lenço rubro sobre o peito, um chapeuzito tapeado
Um pala cobrindo os ombros e um pavilhão remendado
O minuano arrepia quando começa assobiar
Congelando até os ossos, feito navalha a cortar
O piquete de lanceiros preparado pra atacar
Vem um chasque confirmando que o clarim vai nos levar
De peito aberto sem saber se irá voltar
Só a coragem a lhe guiar
Negro guerreiro nao se cansa de pelear
Pra liberdade conquistar
Depois daquele combate, o minuano parou
E uma neblina mui forte em sua frente baixou
Um vaqueano de a cavalo veio lhe encontrar
Disse pega tua bandeira pra o caminho lhe mostrar
Morreste negro guerreiro mas cumpriste o teu papel
Vai lutar por teus irmãos no piquete lá no céu.