Gineteando a Vanera
LUIZ CARLOS MUNIZ ALVES
Pouco me importa a rebeldia
De cavalo mal domado
Depois que eu sentar no lombo
Deixa de ser aporreado
Fui criado pelo campo
No serviço de mangueira
Já tirei balda de potros
Pelos pagos da fronteira
Se me encontro no fandango
Eu é que sou aporreado
Corcoveio a noite toda
Na vanera e no valseado
E nos braços da chinoca
Eu me perco neste embalo
Me acalma e me amansa
Como eu amanso os cavalos
Dê-lhe gaita companheiro
Que o resto eu mesmo faço
Vou ginetear a vanera
Até o último gaitaço