RAP de Encruza (part. Luiz Preto)
Pitbul raça inglória somos bastardos loucos
O rap é forte é atitude é casa de caboclo
Vem de longe a luta continua para nossos dias
A melhores dias entre a dor e a sangria
Somos ali na segunda em punga
Cota malunga cria das falujas a voz da rua
O cortante pra pipeiro as ervas pra mandingueira
O concreto a pedreiro o sangue na bandeira
Sim
Remanescentes de reis senhores dos caminhos
Abre alas da procissão entre beats e pergaminhos
Sem rumo o muro de arrimo a herdeiros do cinismo
A negação do homem o lado preto do inimigo
Sem estrada para a gloria só de longe vendo as glorias
Não tem janela pra dar fuga respirar já e vitória
O grito é por liberdade pra seguir nessa passagem
Cada rima aqui é um soldado no front pela margem
Todo rap é um hino contra as forças dos inimigos
Esse som é pra você
Não tem salvador no jogo nossa batalha é de pirrô
Cada verso é você
A luta não pode ter fundo falso o monstro é macabro
Joga lama entre vermes e leões no mesmo barco
No barro ou no asfalto o filho é o mesmo do descaso
Tamo em xeque e não tem ninguém que xeque esse descaso
De cá sonhos vão e a praticidade engole a cada gole
Da ilusão a arte é digna de Van Gog
Sobrevivemos na era do calor da emoção falidos
O tempo passa e o nada parece ser nosso caminho
Não da pra descansar somos revolução todo dia
Pois cada dia é um passo pra mudar o rumo da rebeldia
Temos castelos de madeira e nas ruas nos formamos
Forjamos ouro pra bandidos que querem nossos planos
No entanto devemos pensar que estamos nas arenas
Sem Davi e são poucas as armas por aqui
Nosso exercito é invisível e não vamos jogar baixo
Será grave cada enquadro e não vamos mais ser o alvo
Todo rap é um hino contra as forças dos inimigos
Esse som é pra você
Não tem salvador no jogo nossa batalha é de pirrô
Cada verso é você