Abertura
Iaiá, me dá teu remo
Teu remo pra eu remar
Meu remo caiu, quebrou-se
Iaiá lá no alto-mar!
Meu sangue é trilha
Dos Mouros, dos Lusitanos
Dunas, pedras, oceanos
Rastreiam meu caminhar
E sendo eu
Que a Netuno dei meu leme
Com a voz que nunca treme
Passei a me perguntar:
O que será
Que além daquelas águas
Agitadas, turvas, calmas
Eu irei lá encontrar?
Ai, mundo velho
Novo mundo hei de achar!
Eu decifrei
Astros e constelações
Conduzi embarcações
Destinei-me a navegar
Atravessei a Tormenta, a Esperança
Até onde o sonho alcança
Minha Fé pude cravar
Rasguei as lendas
Do Oceano Tenebroso
Para El Rey, o Glorioso
Não há mais trevas no mar