Carta

[Intro: Beto Maia]
Como vai, meu velho camarada?
Quanto tempo eu não vejo mais você
Conte sua vida, sua pena está carregada
Não precisa nem mais nada me dizer
Pra me dizer, pra me dizer, pra me dizer

[Verso 1: Aliado G]
Mano, aqui na rua é foda sem a sua presença
Quadrilha de morte sente sua falta, sente sua ausência
É doloroso, mas, que nada, todos estão ligados
Que ter você como aliado é nosso privilégio
O nosso mano Joaquim agora é evangélico
E ora por você, não gosta de te ver nessa situação
Perguntou da sua pessoa, sempre quis te ver numa boa
Eu também, porém infelizmente não depende da gente
Sempre tem um cagueta pra atrasar nosso lado
Sem contar com aquele que já foi pro espaço
1, 2, 3, rastejou levou mais 3
Aquela fita inesquecível necessária, mas eu digo
Que sirva de exemplo: cagueta tem o seu tempo de vida limitado
357, calibre no rosto e pontos no pescoço
Ele tremeu não adiantou, chorou, varou
Fez buraco no asfalto, levou poeira pro alto
Eu sei que você tá lembrado, vamos deixar isso de lado
Também me lembro do passado, eu e você lado a lado
Nas brincadeiras de moleque, hoje você enquadrado
Eu vou te ver no domingo

[Refrão x2: Beto Maia]
Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre no rolê
Na rua com os manos, sossegado
Não no distrito enquadrado
Mais uma carta, mais uma carta ao quinto

[Verso 2]
Nei, não sei se você está ligado
Nosso mano Vandão, aliado forte, sangue bom
Infelizmente não está mais com a gente
Eu sei que você se lembra e lembra muito bem
De tantas festas, churrasco
Como naquela da D20 vermelha
Ideia forte pra trocar não faltou, pode acreditar
E aí fumaça sobe da grelha, a gente bebe a noite inteira
É rap do pesado, bem selecionado
Dj Vandão, pode crer, ajudou o rap a crescer
Em Hortolândia e Santo André pra ser mais preciso
Que Deus o tenha em um bom lugar e por falar em churrasco
No domingo passado teve um lá em casa
Os manos todos reunidos, curtindo, trocando uma ideia firmeza
De repente a tristeza, enquanto a gente tá aqui a pampa tomando breja
Você aí do outro lado, no veneno, enquadrado, trancado
Esperando a sentença em condições tão precárias
A gente para e pensa: como isto pode ser?
Uma cadeia preparada para vinte e quatro detentos
204 no total, 160 no relento
Sem um teto para se proteger, chuva e sol na cabeça
Passa tempo na cadeia é treta de lampiana, pancada na costela
Eu sei que você tem a sua bem afiada debaixo da jéga

[Refrão x2: Beto Maia]
Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre no rolê
Na rua com os manos, sossegado
Não no distrito enquadrado
Mais uma carta, mais uma carta ao quinto

[Verso 3]
Nei, eu tô ligado que você tá carregado
Um monte de homicídio, uma pá de latrocínio
Se for pensar tem uns 300 anos de cadeia pra tirar
Você deve pensar que tudo está perdido, tanto faz morto ou vivo
Mas, não, vê se não faz sentido
Ter seu pivete no carro esperando por você
Sua mina também, tenho certeza, quer te ver outra vez
Chegando em casa sossegado, tomando uma breja no quintal
Curtindo o Face da Morte
Aqui é Aliado G, seu aliado forte
Mandando um toque que nosso próximo LP está perto de sair
E esse pipa vai ser um rap em sua homenagem
E a gente espera que em breve você esteja na rua
Pra ir com a gente no show como antigamente
Na época do diplomata, você tinha aquele preto, eu tinha aquele prata
A gente subia nas seis, pegava o Osmar e o Flagrante
Depois passava no seu barraco e repartia a carga, saia pra balada
Tenha fé em Deus, pense positivo
A gente vai se despedindo e manda um salve pros manos
Pros manos do quinto
Aí, Nei, fique em paz, mano, fique na paz de Deus

[Refrão x2: Beto Maia]
Jogue suas mãos para o céu
E agradeça se acaso tiver
Alguém que você gostaria que
Estivesse sempre no rolê
Na rua com os manos, sossegado
Não no distrito enquadrado
Mais uma carta, mais uma carta ao quinto distrito

[Saída]
É isso aí, mano
Face da Morte agradece de coração ao mano Beto Maia
E também ao nosso mano Flagrante, Ato Criminal, pode crer
E aí, um abraço a todos você que estão do outro lado da muralha
Que, como o nosso mano Nei, tem muita gente esperando seu alvará de soltura
Mas, que nada mano, fé em Deus que você consegue
Paz

Curiosità sulla canzone Carta di Face da Morte

Quando è stata rilasciata la canzone “Carta” di Face da Morte?
La canzone Carta è stata rilasciata nel 1998, nell’album “Quadrilha de Morte”.

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