Território de Ladrão
São Paulo, centro, entre prédios e cortiços
Ruas, avenidas, o sistema é inimigo
Rivalidade, os defuntos decora as vielas
Prepara as flores do caixão, acenda as velas
Mãos pro alto, em nome do crime é um assalto
Os herói reage, toma seis e é desovado no mato
O outro que caiu na vala, sem chance de despedida
Se arrependeu, mas bandido honra a camisa
Rasgando as avenidas, montado nas nervosa
Atras das moto loca, dos bulova, as cota
Pra buscar as notas, pra bancar as cocota
Tira mãe do sofrimento desse morde e assopra
Veneno vem com mel, dos bandidos de Brasilia
Migalha do sistema, bolsa familia
Vai voar nas naves, sextou vai pro fluxo
Se algum boy moscar, ranco o Rolex do pulso
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Quem achou estava errado
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Quem achou estava errado
No crime, tem que honrar a camisa
Ter atitude de coringa pra encarar os policia
Ta preparado na guerra pras subida dos caveira
E por no peito da gangue mais uma estrela
Fazer mais uma esposa, chorar no velório
mais uma mãe em depressão, mais um filho orfão
Sobe a patente, comanda o quarteirão
Onde os cana não entra é território de ladrão
O sonho agora é Land Rover, catar aeroporto
Então separa o sucesso pra ninguém acabar morto
Os crias de pareja, Marcola e Beira Mar
Viram rei da montanha nos passos de Escobar
Uma pá, segue a cartilha do crime
E vira lenda, dá baixa no time
Morre um bandido, nasce dez, ciclo vicioso
Agora tão pagando pra ter grana no bolso
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Quem achou estava errado
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Quem achou estava errado
Filme triste na torre de babel,
a princesa faz chupeta, em troca de papel
Politico de jato e o povo de chapéu
Só cria de Caim bolando o fim de Abel
Veneno no ceu, agua contaminada
Pilantra roubando tudo, deixando pobre sem nada
Luto sem cortejo, vitima esquartejada
A moda lança hit, FC lança granada
Vida real, rap sem stand-up
Judas perde o pescoço no resumo do zap
Nike, fuzil, camiseta de time
Selva de concreto, cidade do crime
No corre da biqueira, tiroteio na esquina
Transporte no aeroporto, mula na cocaina
O herói não tem caráter, estilo Macunaíma
Quem cria a doença pra lucrar com a vacina
Carnificina, diabo faz oficina
Mas um coronel, que veste a farda assassina
Cadeia não recupera, TV nada ensina
Quem diz proteger, com milícia faz propina
Deu azar mesmo andando de Zara
Quem perde o braço pra não perder sua vivara
Preconceito e racismo, quantos tapa na cara
Feridas de uma vida que nem mesmo o tempo sara
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Quem achou estava errado
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Quem achou estava errado
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
A garoa rasga a carne é a torre de babel
Acharam que eu estava derrotado
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
Acharam que eu estava derrotado
Ei São Paulo, terra de arranha-céu
Eu escrevi sobre a dor, vendo a lágrima cair
Quem não viveu o amor, não viu o peito sorrir
Eu escrevi sobre a dor, vendo a lagrima cair
Quem não viveu o amor, não viu o peito sorrir
Na torre de babel, terra de arranha céu
Sente o perfume do fel
Mundo cruel
Na torre de babel, terra de arranha céu
Sente o perfume do fel
Mundo cruel