Refém do Enredo
Sem querer me vingar de ninguém
Sem querer dar o troco ou cobrar
Sem querer que ninguém diga amém
Só querendo amar
Sem querer ir de carro ou de trem
Sem querer correr mundo ou voar
Sem querer enxergar mais além
Só querendo andar
Quem não sabe o que eu sou é quem diz
Que eu estou por um fio por um triz
Que eu sou coxo e por isso eu vou cedo
Desse jeito é que eu sei ser feliz
Só me meto onde cabe o nariz
E o que me faz tremer é o frio
Não o medo
Se o "seu rei" desfizesse o que eu fiz
Boca de forno! "Caraxis"
E se a vida quebrasse o brinquedo
Mas se a dor me concede um surcis
Ai de quem me encontrar vis-a-vis
Ai de quem se tornar o refém
Do meu enredo