O Alifante
Cinzento como um murganho
uma casa no tamanho
Nariz como uma serpente
eu faço a terra tremente
quando passo entre o arvoredo
e as árvores gemem de medo
Chifres na boca, taful
vou caminhando pro Sul
Orelhas como uns abanos
já nem sei contar os anos
que lá pra trás de mim vão
nunca me deito no chão
nem sequer para morrer
Alifante quero ser
Velho e um tanto disforme
sou, porém, um bicho enor...me
Se, um dia, me puderes ver
nunca me vais esquecer
Mas, se não me tiveres visto
vais julgar que não existo
Mas alifante me sinto
e nunca minto!