Peão de Ouro Fino
Veio lá de Ouro Fino
Do sul de Minas Gerias
Um ginete bom de lida
Outro igual não se vê mais
Foi culatra e foi ponteiro
E também foi capataz
No Porto do Taboado
Já cruzou boiada a nado
Seguindo rumo a Goiás
Já montou em burro brabo
E deixou manso de lida
Já tirou de carrasqueiro
Muita boiada perdida
Já viveu horas amargas
Longe da terra querida
Na estrada boiadeira
Já venceu muitas barreiras
Sem temer nada na vida
O peão de quem eu falo
Vou dizer seu nome agora
Ele usa chapéu grande
E lenço que não descora
Conduziu boiada xucra
Por este mundão afora
É o Antônio Generoso
O peão mais corajoso
Que corta burro na espora
Ao falar de sua vida
Fico até emocionado
Eu me lembro com saudade
Do meu tempo já passado
Ele sabe muito bem
Que já fui peão viajado
Mas um dia num transporte
Eu mudei a minha sorte
Por um rosto delicado
Este moço Generoso
Sempre foi o rei dos peões
Repicou o seu berrante
Nos mais distantes rincões
Tem sua alma repleta
De gratas recordações
Mas um dia sua amada
Tira ele da estrada
E une dois corações
O vai e vem desta vida
Sempre traz sorte mesquinha
O peão de punho de aço
Um dia caiu no laço
Da boiadeira Leninha