Réu
Lucas Waricoda
Perdeu sem se esforçar
Pôs-se a pensar
Fez-se o silêncio
Seu peito a palpitar
Deu-se a bradar
Em voz de lamento
Tudo o que é bom, dura pouco
Conclui num clichê tenaz
Mal sabe ele, pobre rapaz
Quis botar no papel
Terra e céu
Um mundo bonito
Mas da vida é um réu
Um sofredor
Um maltrapilho
Quando isso vai terminar?
Disse pra ninguém mais
Mal sabe ele, pobre rapaz
Outro gole de vinho
No colo, seu violão
Embriaga-se aos poucos
Em receio e dissolução
Queima a última seda
Quando é tarde demais
Mal sabe ele, pobre rapaz
Resta esperar