100 Por Hora

Diego Almeida

Cem por hora
Sem desgosto
Em meu rosto
não vou aturar você
Sem remorso
Sem esforço
sem pescoço
Vou atropelar você!

Nada mais vai me fazer ficar aqui
Perdendo meu tempo com coisas iguais.
Ouvindo mentiras que já me fizeram sorrir
Se declarando e decretando a paz
Acelerar para longe daqui
E mesmo assim você insiste em persistir
Insiste em querer saber para onde vou
Mas desiste de querer me manter como eu sou

E nada vai fazer você voltar, voltar atrás
Desculpas não servem mais
Terei que me render
Parar de sonhar e só sobreviver
Só sobreviver!

Na sua cara, seriedade e tristeza
Na sua mente, insanidade frequente
Seriedade e tristeza
Insanidade frequente
Publicidade enganosa
De quem não cuida nem de si
Sabedoria indigesta
Trazendo vidas vazias
Esvaziando os meus bolsos
E me obrigando a seguir...

E nada vai fazer você voltar, voltar atrás
Desculpas não servem mais
Terei que me render
Parar de sonhar e só sobreviver.
Para fazer o bem e construir um futuro também
Como todos nós, acorrentado e sem poder acelerar

NÃO!

Não pode ser assim, o prejuízo não tem fim
Não posso me render, tenho que me levantar e correr
Não pode ser assim, esse não é fim
Eu quero estar no poder, e na minha mão você vai sofrer
Eu não quero mais nada além de uma chance clara
De fazer a diferença e colocar um fim nessa crença
De quem não entende nada que segue de boca fechada
E sendo apedrejada apenas esperando pelo o fim

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