Reunião do Poesia #2: Subsolo
REUNIÃO DO POESIA #2: SUBSOLO!
(Kaique MC)
Em posse da bic, revolta exala
Tira as crianças da sala...
Kaique, pique mestre sala
Porta bandeiras, então abre alas:
Pro meu bonde passar!!
Ontem do caçador e hoje é dia da caça
Verso neblina, embaça
500 anos de abuso, achou que sairia de graça?
...
Viemos pra ser a cobrança!
Pede fiança, sentença foi dada
Somos herança de sua inclemência
Sem fazer ninguém de escada
Chame esse flow de levada insurgência!
Subestimando nossa inteligência?
Só imagina, quisesse vingança...
Além dos espaços, tomar suas posses
Na trilha do vício por suas crianças
É que só alcança o braço da repressão
Sem educação, é quase única a opção!
Não! Não! Não! Não!
Poetas alteram o curso da vida, contrario expectativas
Em cima do muro, comigo não quero, sem buscar saídas
É a zero, um, sete que brilha!
Essa cultura, minha alma, abriga!
Mais que trabalho, é curar feridas!
Entre o copo e o cigarro...
Entre as grades da minha mente e as águas sagradas da pia...
É Poesia Marginal, os jogadores mais caros!
Suas regras não me seduzem
Sem esquecer quem eu fui
Nem mesmo que eles me acusem
Vai ser um Deus nos acuda quando meu povo se rebelar
Adianta pedir ajuda quando a verdade se revelar?
Seus erros, eu não esqueço, nem pense que vamos te relevar
Essa carta é um manifesto, não entendeu? Pode relê-la!
(Gui MC)
Nada foi fácil
Por isso, na vida, moleque de berma já parte pro show
C'as letras composta, rima bem exposta
No fut' de quebra', ainda faço gol
Tirando mó' onda mas sempre surfando nas águas da brisa
Vendo em slow mo'
De uns dias, vivendo a vida sofrida
Pra outros coitados, esse ano acabou...pô!
Vou fazer valer
Virar Mbappé
Correr desses ""p""
De um país desigual
Vou honrar minha quebrada
Descer a baixada, casinha quitada
Boot e parafal
To ficando patrão, traficando refrão, só fumando do bom e ce quer encostar? Rá!!!
Poesia brotou e o som dichavou
E o verde subiu
A inveja sumiu
Porque nois alcançou
Persistiu, descansou
Nível messi e robô
Calando professor
Que antes falou
Vai morre no metrô
Que esse som é de horror
Vai te catar vovô!
Respeita os vapo!
Caminhando...
Só tocando meu robô!!
(LH)
Quando mais cedo eu erro, mais cedo eu acerto
Visionário são meus versos!
Dona Railda, agradeço
Na minha vida, aliviou uns por centos
E de ouro não foi meu berço
Foi luta e sofrimento
Eu sei q errei mas não lamento
O acerto, lá na frente, eu tô vendo
Vejo vacilão correndo
Quem falou mal, se arrependendo
Vejo meu time vencendo
017!!!
Funk, rap, trap...tá tendo!
Se playboy pode folgar
Nóis tbm tá podendo...
Dias de comemoração, eu chapo
Esses verso e minha vida tá mais encaixado que o chute do Roberto Carlos
Nosso futuro é o topo!
Pq nois veio de baixo
Tudo é relativo...
Escrevi uns verso me senti vivo
As vezes tudo ofusca falta incentivo
Mas o sol nasce sempre e me lembra que ainda tô vivo
Invicto!
(Lulu Freestyle)
Expulso do céu... O anjo caído que voa!
Vários demônios nas ruas... Inferno cheio de pessoas...
O vulgo ""freestyle"" nunca foi atoa!
Quantas batalha eu ganhei nessa porra?
Ela por cima, eu por baixo, a vida fode na posição gangorra
O rei nunca perde o trono
Só perco o sono se alguém encosta na coroa
Faça sua escolha: vai fazer o corre virar ou tu vai esperar o amigo fazer a boa?
Colhe o que planta ou só fuma planta na encolha
Minha bic preta furou essa bolha...
Tudo o que eu vivi, hoje, nessa folha
Só aprendi bater igual Apollo Creed depois de apanhar mais que o Rocky Balboa!
Hey!!!
Era um Bic, um beck, uns rap
Os lek de polo black e cap
Deu K.O.
Tinha soco seco sempre
Dia de maldade no barraco, vários mac, mac
Geladeira cheia
BRASTEMP
É rudo que eu preciso pra manter meu ego obeso
Nasce um vilão por dia em toda quebrada
O motivo disso é a polícia que leva o seu herói preso...
Vidas pretas importam!
Grito isso na frequência que volto do fundo do poço
É que teu racismo é sufocante (aff!)
Como um joelho no pescoço!
Oh minha mãe, de joelhos, pedindo pra Deus em oração que me mantenha de pé
Mulheres tive várias na minha vida mas a senhora continua sendo a única de fé!
Sou Santa Efigênia entre beco e viela
A vida é bela mas também é bala na boca dos fela
Eu sei q ce mas nem se compara
Espera, não se equipara e tolera essa rima cara
Só pala que fiz a vera
Pique Toreto no Opalla...
Poesia Marginal tirando os poemas do porta malas!
(Will MC)
Sei que nem tudo é da forma que penso
Mas eu confesso que tudo anda muito tenso
Procurando algo que clareie minha cabeça
Em meio tantas incertezas, cheio de copos na mesa
Muitas almas presas e pedras no meu caminho
Cercado por vários e mesmo assim sozinho
O que é meu ta guardado, eu vou seguir no sapatinho...
Na mão, um copo de vinho pra curar as mágoas
Eu vou bebendo enquanto o tempo passa
Acende essa baga e depois me passa
O amor nesse mundo deveria ser de graça
Mas toda vez que ce' se envolve é só desgraça
Ainda me falam que eu sou muito amargurado
Mas me diz: como não fica nesse estado
Se não da pra confiar nem em quem ta do seu lado
Isso que é foda
Mesmo sem ter nada, inveja vem na sua bota
Estilo pesadão, inspiração tipo Sabota
Não vem de zóião, de Zé povinho já deu a cota
Não vem pagar de malandrão
Acha que passa a visão
Mas suas ideias é todas tortas
Tem uns manés que só dá ré e age nas costas
Fica tranquilo, que se não é nois, o carma cobra
Se nóis ta em campo, ce ta ligado que não sobra
Cuidado que a maldade, no seu ouvido assopra
Bagulho é louco, a vida é um sopro, amizades piores do que algumas sogras
William psicografa essa daqui bem foda
Que eu to na cena e ce sabe, não é por moda
Que eu faço isso desde a época da escola
Rap é um só caminho já disse o finado Sabota
Tenho compromisso, um dia se abrir as portas
Você desprezava e hoje o mundo deu voltas
Mas eu faço diferente, comigo é outra história
Eu não faço nada, deixo que a vida cobra
Mundo é tipo um ninho, dentro ta cheio de cobras
To compondo música, é isso que me renova
Poesia Marginal: só mano e mina daora!
(Mendezz)
Da onde eu surgi
Vim pra te mostrar que não é flow
Tô pra te fala realidade
E mostrar o que eu vivo
Não vou desperdiçar
Uma linha nessa track
Porque sempre que eu olho no espelho
Sou meu próprio incentivo
É tão mais fácil tu senta e esperar
Achando que o teu prêmio vem sozinho pro teu colo
E eu, com pouco tempo, já aprendi a voar
Que me esqueci dos monstros
Que me assombravam no meu subsolo
Da onde eu vim
Nois fala pouco e trampa o dobro
Então deve ser por isso
Que meu bolso tá pesado
Lá dentro é um safari
Tem guará e tem da onça
Tô comprando kit novo
Que meu bolso tá rasgado
Mas ó
Já fiz a minha e tô vazando de problema
Minha meta é fazer grana até falta onde guarda
Sai do fundo do poço
E tô fedendo a Malbec
Que pra quem me ver no topo
Eu sei que vão se incomodar.
(Dahmer)
Diante do espelho faço minhas previsões
Com base no passado prevejo transformações
Reciclo o que agrega, descarto opiniões
Em meio a calmaria orquestrando furacões
Caiu da construção atrapalhando o tráfego
Fudeu com os menor financiando o tráfico
Andou na contramão desse momento trágico
Subiu todos degraus de um movimento trépido
Sem falar do que não vivo, adquiro respeito
Sem lorota dos antigo, falo do que eu vejo
Falsificam os inimigo pra poupar esforços
Bota pobre versus pobre faz parte do negócio
Chamei meus sócios, dividimos os gastos
Equipe de peso conquistando espaços
Faço parte dos que pensam além da verdade
Pra falar a verdade, tô rimando com os fatos
Apostando tudo que tenho no corre
Tudo que tenho é o corre, meus filhos, minha arte
Moldando mentes brilhantes, pintando corpos
Atravessando a nado todos esses mares
Quero ele do meu lado, os manos do meu lado
Chegar abrindo os olhos do público alvo
Salvo no bloco de notas quantos dias falta
Pra derrubar o sistema, ao som de ""desacato""
Reunião do poesia convocando os mais brabo
Matando a sede de vingança dos desacreditado
Na levada ""china in beat"" guiando esse estrago
Olímpia roubando a cena já nem é mais presságio.