Inevitável

Joguei as cartas na mesa
Agora não precisa mais se preocupar
Mas tome cuidado, que sempre há cartas na manga
E geralmente é o Ás
Atentamente, sem expectativas, evitando decepções
Já dei a partida mesmo no sinal vermelho
Rato de bueiro, passando por todos os terrenos
Conhecendo os mínimos detalhes
Ansioso por novos ares, joguei fora o cigarro na metade
Pensando naquela análise que eu fiz ontem
Achei um norte, uma ponte
Eu busco tudo do outro lado do horizonte
Olhei no espelho, nada refletia, vi minha identidade
Sem nome, perdido, deu pane, tô onde?
Chapou o prensado, fiquei no enquadro semana passada
E olha que fita mano, sempre que há um sorriso
Tem uma pessoa chorando
E não há como evitar
Você é bom o bastante pra um dia se decepcionar
E não há como evitar