Dançando no Escuro
Curumin
De uma chuva que lavou
Muita poça se formou
E pra num moiá os pé
Andava oiando pro chão
De repente um sol vingou
E nuvem se espaçou
Muita luz se esparramou
Acendeu as poças e a imensidão
E uma brancura dominou
Mirou no nervo da visão
Os óio escureceu
Iluminou o coração
Nessa cegueira dos óio
E a clareza do porão
Só via minha preta e eu
Dançando um forrozinho na escuridão