Um Brinde
Afiada como a lua minguante, suculenta como a cheia
Também falo de afluentes, reflexo na pedra preta da cachoeira
Então se aconchega
Que eu preparo a janta, você é a sobremesa
Hoje não vai ter ceia, me ocupo com teus seios e quando olho pra fresta já é o dia seguinte
Outro momento chique, tim tim, um brinde
O que real tu seria se só tivesse uma chance?
Aproveitaria ou aguardaria um instante? Penso que minha resposta seja óbvia
Eu não acredito em milagres, ao menos não na maneira que interpretam
No fim das contas o senso espatifou toda áurea
Chame de experiência ou trauma, um coquetel de lama
A alma do molecote cansada
Alimentando a trégua, sem régua ou compasso
Não meço esforço, assim que faço
[Nulo]
drogas, poder e inveja, tudo ao meu redor
cotidiano letal, um deslize e vc se entrega
um brinde pra gente, com tanto calo no pé
e desgraça, a gente segue em frente
noites em claro me concederam visão
trucidando inimigos que chamei de irmãos
coração amargurado, minha mente um balaio
sozinho e ambicioso, ja me fez pensar no errado
não tenho pressa pra nada, tudo no seu tempo
paciencia de jedi com armamento bélico
se tu vacilar, obvio nao tem dialeto