Não Faz Sentido

Não dou a mão
Tenho sentido que não faz sentido
Não há paixão
Tenho sentido que não faz sentido
O mundo é rude e lá no fundo
Tenho vivido sem ter motivo
Eu pude tudo e sobretudo
Tenho sentido que não faz sentido
Competir é p'ra cavalos, não p'ra artistas
Arte não atinge os palcos pela tela pobre
Tão com medo que dê o salto e corra na vossa pista?
Sem sentir não faz sentido, Béla Bartók
Já há muito stock,
Knowledge block,
Desde a altura do iPod
Idealizam a passagem a nobre
São glocks
Trancadas no coldre,
Não disparam balas só que
Querem vir a sentar na candyshop
Separa e une, auto-tune em abuso não é bom
Jogam uno, porque duo não destacam no som
Têm tudo porque o mundo acredita que é dom
O Ash do grupo ainda puto, sem bolas p'ro Pokémon
Sina má, e eu por cá
Vejo a cigana a ma ler
Búzios par, a falar
Que tive mais longe de morrer
Saco e pá, talvez vá
Dar trabalho à mulher
Se é p'ra enterrar, vou cavar
O mais fundo que puder
(Já)
Não dou a mão
Tenho sentido que não faz sentido
Não há paixão
Tenho sentido que não faz sentido
O mundo é rude e lá no fundo
Tenho vivido sem ter motivo
Eu pude tudo e sobretudo
Tenho sentido que não faz sentido
Não dou a mão
Tenho sentido que não faz sentido
Não há paixão
Tenho sentido que não faz sentido
O mundo é rude e lá no fundo
Tenho vivido sem ter motivo
Eu pude tudo e sobretudo
Tenho sentido que não faz sentido
Conto contos, completo mentes insanas
Levei pontos, rasguei-os, ainda me sangra
Eu sinto isto, por capricho, odeio quem manda
Puro lixo, e faz isto só pela fama
Quero que arrepie, que vás a sentir tudo o que 'tou a sentir
Percas o pio, por 'tar a cuspir tudo o que tás a omitir
Sou quase um rio, ves-me a fluir p'ra no mar me expandir
Tás tipo Rio, numa de fugir antes que alguém te extravie
Fui constituido arguido à pála de outrém
Porque dei ouvidos a amigos em vez de dar à mãe
Tenho sentido e tenho visto que não são nada além
Tenho cuspido o que vivo com um toque do além
Não dou a mão
Tenho sentido que não faz sentido
Não há paixão
Tenho sentido que não faz sentido
O mundo é rude e lá no fundo
Tenho vivido sem ter motivo
Eu pude tudo e sobretudo
Tenho sentido que não faz sentido
Não dou a mão
Não há paixão
O mundo é rude e lá no fundo
Eu pude tudo e sobretudo