Nada Nada Nada Nada
Diz-me
Se ainda tens frio
Se ainda arrepio
Se ainda te dou capios
Se queres uma merenda
Se queres que eu arme a tenda
Se somos só uma valsa a três
Dois hidro e um oxigênio
Se formos mais uma vez
Mil vezes cada milênio
Se o sódio tira o ódio, tira o bócio
E o ócio para ali
Se a chicha bóia
E a clarabóia da caraça se abre ali
Se água afaga
A mágoa afoga, alaga
Eu mereço mergulhar contigo ali
Nessa praia
Batatas, douradinhos
E que nunca, nunca mais caia o Sol
Nessa praia
Um bongo e uns bolinhos
Uma sandes de carne assada e um rissol
E mais nada
E mais nada nada nada
Sozinhos sem mais nada
Nada nada nada nada
Recém-nascidos, cara podre a não ser nada
Diz-me
Se ainda tens frio
Se ainda arrepio
Se ainda te dou capios
Se queres uma merenda
Se queres que eu arme a tenda
Se somos só uma valsa a três
De pedras e proteína
Se formos mais uma vez
Assassina a nossa sina?
A ouvir punta dentro de um taparuére